isquemia

Material

Os stents podem ser fabricados com diversos materiais, e a escolha do material geralmente depende da aplicação específica e das propriedades necessárias. A seguir, uma descrição mais detalhada dos materiais comumente utilizados na fabricação de stents:

  1. Metal (Ligas de Níquel-Titânio e Aço Inoxidável): Muitos stents são feitos de ligas de níquel-titânio (nitinol) ou de aço inoxidável. O nitinol é conhecido por sua capacidade de recuperar a forma original após deformação e por sua alta resistência à corrosão. O aço inoxidável também é utilizado devido à sua durabilidade e resistência. Esses metais são particularmente úteis em aplicações que exigem flexibilidade e capacidade de expansão, como no caso dos stents coronários.
  2. Polímeros: Alguns stents são fabricados com polímeros biocompatíveis, como o ácido poliláctico (PLA) ou o polietileno. Os stents de polímero são mais leves e flexíveis quando comparados aos metálicos e são utilizados em aplicações específicas, como stents colocados nas vias biliares.
  3. Stents revestidos com medicamentos: Esses stents são produzidos com materiais que permitem a liberação controlada de fármacos. A camada medicamentosa é aplicada na superfície do stent e liberada gradualmente ao longo do tempo. Isso ajuda a prevenir a recorrência da obstrução, inibindo o crescimento de tecido cicatricial ou a formação de placa.
  4. Eluting vs. Bare-Metal: Os stents podem ser eluting (com liberação de fármacos) ou bare-metal (sem revestimento). Os stents eluting são especialmente eficazes na prevenção da reestenose (novo estreitamento da artéria) por liberarem medicamentos anti-inflamatórios ou antiproliferativos.
  5. Biomateriais: Biomateriais estão sendo estudados para a fabricação de stents, especialmente aqueles capazes de integrar-se melhor aos tecidos circundantes. Esses stents biomiméticos buscam melhorar a biocompatibilidade e reduzir a resposta inflamatória.

A escolha do material dependerá de diversos fatores, incluindo a localização do stent no organismo, o grau de flexibilidade necessário, a durabilidade requerida e a resposta biológica esperada. Cada material apresenta suas próprias vantagens e desvantagens, e os avanços na tecnologia de stents continuam a explorar novas opções para melhorar a eficácia e a segurança desses dispositivos médicos.

Forma e estrutura de um stent

A forma e a estrutura dos stents são aspectos fundamentais para sua função e eficácia no tratamento de doenças vasculares. A seguir, uma explicação mais detalhada sobre a forma e a estrutura típicas dos stents:

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  1. Forma do stent:
    Tubo: A maioria dos stents possui formato tubular. Essa forma é essencial para permitir que o stent se expanda e se adapte ao diâmetro do vaso sanguíneo ou da via respiratória onde será implantado.
    Conformabilidade: Os stents são projetados para serem conformáveis, ou seja, capazes de se ajustar a diferentes formas e tamanhos. Isso é particularmente importante em áreas onde os vasos sanguíneos ou as vias respiratórias apresentam curvas ou bifurcações.
  2. Estrutura em malha ou entrelaçada:
    Desenho em malha: A maioria dos stents apresenta uma estrutura em malha ou entrelaçada que pode ser expandida. Essa malha fornece suporte estrutural ao vaso sanguíneo ou à via respiratória, mantendo a abertura após a dilatação com balão.
    Espaçamento da malha: O espaçamento entre os filamentos da malha pode variar. Um espaçamento mais denso oferece maior suporte, enquanto um espaçamento mais amplo permite a flexibilidade e a permeabilidade necessárias para o tecido ao redor.
  3. Marcadores radiopacos:
    Inclusão de marcadores: Muitos stents incluem marcadores radiopacos, pequenos elementos metálicos visíveis em radiografias. Esses marcadores auxiliam os médicos a visualizar e posicionar o stent com precisão durante o procedimento.
  4. Sistema de liberação:
    Sistema de liberação: Os stents podem possuir diferentes sistemas de liberação. Alguns são implantados mediante insuflação de um balão (angioplastia com stent), enquanto outros são autoexpansíveis e recuperam sua forma original sem a necessidade de um balão.
  5. Comprimento e diâmetro:
    Variedade de tamanhos: Os stents estão disponíveis em diferentes comprimentos e diâmetros para atender às necessidades específicas de cada paciente e às características da lesão ou estreitamento na artéria ou via respiratória.

A combinação da forma tubular, da estrutura em malha e dos materiais específicos garante que o stent cumpra sua função de manter a abertura do vaso sanguíneo ou da via respiratória, ao mesmo tempo em que minimiza a irritação ou a resposta imunológica do organismo. Essas características permitem uma melhora no fluxo sanguíneo ou aéreo e, em última instância, contribuem para a recuperação do paciente.

Implantação de um stent

A implantação de um stent é um procedimento médico chamado angioplastia, realizado para tratar a obstrução de vasos sanguíneos ou vias respiratórias. A seguir, descreve-se de forma geral o processo de implantação de um stent:

Stent

Preparação do paciente

  • Antes do procedimento, o paciente pode receber instruções específicas, como evitar comer ou beber por determinado período de tempo.
  • Será administrada anestesia local ou geral, dependendo do tipo de procedimento e da localização do stent.

Acesso à artéria ou via respiratória

  • Realiza-se uma pequena incisão ou punção na região do corpo onde será feito o acesso ao vaso sanguíneo ou à via respiratória.
  • Em alguns casos, pode-se utilizar a artéria femoral (na região da virilha) ou a artéria radial (no punho) como pontos de acesso.

Introdução do cateter

  • Insere-se um cateter fino e flexível através da incisão, guiando-o até a área afetada com o auxílio de imagens de raio X em tempo real.
  • O cateter possui uma extremidade que contém um balão e, em alguns casos, o stent já montado.

Posicionamento do cateter

O cateter é avançado até alcançar a obstrução ou a lesão no vaso sanguíneo ou na via respiratória.

Insuflação do balão

Uma vez que o cateter está em posição, o balão localizado em sua extremidade é insuflado. O balão exerce pressão sobre a placa ou o material obstrutivo, comprimindo-o contra as paredes do vaso sanguíneo ou da via respiratória.

Implantação do stent

  • Em alguns casos, um stent pode ser implantado durante a angioplastia. O stent é colocado na área dilatada e expandido para manter a artéria ou a via respiratória aberta.
  • Alguns stents são autoexpansíveis, enquanto outros requerem a insuflação de um balão para sua expansão.

Retirada do cateter

  • Após a conclusão da angioplastia e, quando necessário, da implantação do stent, o cateter é removido.
  • A incisão pode ser fechada com suturas ou com o uso de dispositivos de fechamento percutâneo.

Monitorização e recuperação

  • O paciente é monitorizado após o procedimento para identificar possíveis complicações.
  • A recuperação pode variar de acordo com a complexidade do procedimento e com o estado geral de saúde do paciente.

Esse procedimento demonstrou ser eficaz no tratamento da obstrução das artérias coronárias, das artérias periféricas e de outras áreas do sistema vascular ou respiratório. No entanto, como em qualquer procedimento médico, existem riscos e benefícios, e a decisão de realizar uma angioplastia com stent será baseada na avaliação médica de acordo com as necessidades e condições do paciente.

Aplicações médicas de um stent

Os stents possuem diversas aplicações médicas e são utilizados em diferentes regiões do corpo para tratar ou prevenir obstruções em vasos sanguíneos e vias respiratórias. A seguir, estão algumas das aplicações médicas mais comuns dos stents:

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Artérias coronárias

Os stents são amplamente utilizados no tratamento da doença arterial coronariana. Eles são implantados nas artérias coronárias do coração durante procedimentos de angioplastia para manter essas artérias obstruídas abertas e restabelecer o fluxo sanguíneo.

Artérias periféricas

Nas artérias periféricas, como as das pernas, os stents são utilizados para tratar a doença arterial periférica. Eles ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo e a aliviar sintomas associados, como dor e claudicação intermitente.

Vias biliares

Os stents são colocados nas vias biliares para tratar obstruções e melhorar o fluxo da bile. Esse procedimento é frequentemente realizado em casos de câncer de pâncreas ou de vias biliares, assim como em situações de estenose biliar benigna.

Vias urinárias

No sistema urinário, os stents são utilizados para tratar obstruções nos ureteres. Esses stents, frequentemente temporários, ajudam a manter o fluxo de urina dos rins até a bexiga.

Vasos sanguíneos cerebrais

Alguns stents são utilizados nas artérias cerebrais para tratar aneurismas ou malformações vasculares. Esses stents cerebrais podem ajudar a manter a integridade do vaso sanguíneo e prevenir complicações.

Traqueia e brônquios

No sistema respiratório, os stents são utilizados nas vias aéreas para tratar estreitamentos ou colapsos. Esses stents respiratórios ajudam a manter a permeabilidade das vias aéreas.

Fístulas arteriovenosas

Os stents também podem ser utilizados para tratar fístulas arteriovenosas anormais. Eles podem ser necessários em pacientes com doença renal que necessitam de diálise.

Stents revestidos com medicamentos

Os stents farmacológicos são utilizados em diversas aplicações, incluindo as mencionadas anteriormente. Esses stents liberam medicamentos diretamente na área ao redor para prevenir a recorrência da obstrução.

Cardiologia intervencionista

Além da aplicação específica dos stents, a cardiologia intervencionista inclui outros procedimentos, como a angioplastia coronariana, nos quais os stents desempenham um papel fundamental.

É importante destacar que a aplicação específica dos stents dependerá da condição clínica do paciente e da avaliação do profissional de saúde. Cada tipo de stent e cada procedimento são selecionados com base na localização e na gravidade da obstrução, além de outros fatores médicos relevantes.

Conclusão

Em resumo, os stents são dispositivos médicos essenciais utilizados em uma variedade de aplicações para tratar obstruções em vasos sanguíneos e vias respiratórias. Sua forma tubular, sua estrutura em malha ou entrelaçada e os materiais específicos permitem que esses dispositivos sejam implantados de maneira precisa durante procedimentos como a angioplastia. Desde o tratamento de doenças cardiovasculares até a melhora do fluxo em artérias periféricas, vias biliares e outras regiões, os stents desempenham um papel fundamental na medicina moderna.

A diversidade de aplicações médicas dos stents evidencia sua versatilidade e sua capacidade de abordar uma ampla gama de condições clínicas. Além disso, a evolução da tecnologia dos stents, como o desenvolvimento dos stents farmacológicos, continua a melhorar a eficácia desses dispositivos e a reduzir as taxas de complicações. A decisão de utilizar um stent em um paciente específico baseia-se na avaliação detalhada do profissional de saúde, considerando a condição clínica, a localização da obstrução e outros fatores relevantes para garantir um tratamento eficaz e seguro.

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