Um astrocitoma é um tipo de tumor cerebral que se origina nas células gliais chamadas astrócitos, que são células de suporte do sistema nervoso central. Esses tumores podem variar desde tumores benignos de crescimento lento até tumores malignos e agressivos.
Classificação do astrocitoma
Os astrocitomas são classificados em diferentes graus de acordo com sua agressividade e velocidade de crescimento. Os principais graus são:
Astrocitoma de baixo grau (graus I e II):
- São tumores de crescimento lento e geralmente menos agressivos.

- O grau I é considerado benigno, enquanto o grau II pode apresentar certa tendência a progredir para formas mais agressivas.
- Esses tumores são frequentemente chamados de astrocitomas de baixo grau ou astrocitomas pilocíticos (grau I) e astrocitomas difusos (grau II).
- Podem ocorrer em qualquer região do cérebro e são comuns em crianças e adultos jovens.
- A cirurgia para remover o tumor costuma ser o tratamento principal, e esses tumores geralmente apresentam um prognóstico melhor do que os astrocitomas dos graus III e IV.
Astrocitoma anaplásico (grau III):
- São tumores mais agressivos que apresentam características de crescimento celular anormal ao microscópio.
- Têm maior potencial de crescimento e disseminação rápida em comparação com os astrocitomas de baixo grau.
- Podem apresentar áreas de necrose e crescimento invasivo nos tecidos ao redor.
- O tratamento geralmente inclui cirurgia seguida de radioterapia e, em alguns casos, quimioterapia.
- O prognóstico para pacientes com astrocitoma anaplásico costuma ser menos favorável do que para aqueles com astrocitomas de baixo grau.
Glioblastoma multiforme (grau IV):
- É o tipo mais comum e agressivo de astrocitoma.
- Caracteriza-se por crescimento rápido, invasão intensa do tecido cerebral ao redor e alta taxa de recorrência.
- Os glioblastomas geralmente apresentam áreas de necrose central e uma variedade de tipos celulares dentro do tumor.
- O tratamento pode incluir cirurgia para remover a maior quantidade possível do tumor, seguida de radioterapia e quimioterapia.
- Apesar dos avanços terapêuticos, os glioblastomas têm um prognóstico desfavorável, com uma sobrevida média de aproximadamente 12 a 18 meses após o diagnóstico.
Sintomas
Os sintomas de um astrocitoma podem variar de acordo com sua localização no cérebro, mas podem incluir dores de cabeça persistentes, alterações na visão, convulsões, fraqueza ou dormência em um dos lados do corpo, problemas de equilíbrio e mudanças na personalidade ou na cognição.
Diagnóstico

O diagnóstico de um astrocitoma geralmente envolve exames de imagem, como ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC), para visualizar o tumor.
Com frequência, é necessária uma biópsia para confirmar o diagnóstico e determinar o grau do tumor.
Tratamento do astrocitoma
O tratamento de um astrocitoma geralmente envolve uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do tamanho e da localização do tumor, assim como de seu grau de agressividade.
A cirurgia é realizada para remover a maior quantidade possível do tumor, enquanto a radioterapia e a quimioterapia são utilizadas para destruir as células cancerígenas remanescentes.
Prognóstico
O prognóstico para pacientes com astrocitoma varia de acordo com o tipo e o grau do tumor, assim como outros fatores individuais, como idade e estado geral de saúde do paciente.
Os astrocitomas de baixo grau apresentam um prognóstico geralmente mais favorável, enquanto os glioblastomas tendem a ser mais agressivos e de tratamento mais difícil.
Conclusão
Em resumo, os astrocitomas são tumores cerebrais originados nas células gliais chamadas astrócitos. Eles são classificados em diferentes graus conforme sua agressividade e velocidade de crescimento, variando desde os astrocitomas de baixo grau (graus I e II), que são menos agressivos, até o glioblastoma multiforme (grau IV), que é o mais agressivo e maligno.
O tratamento depende do tipo e do grau do tumor, mas geralmente inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
O prognóstico também varia conforme o tipo e o grau do tumor, além de outros fatores individuais, sendo geralmente mais favorável nos astrocitomas de baixo grau em comparação com os glioblastomas. No entanto, cada caso é único e requer uma abordagem de tratamento individualizada por uma equipe médica especializada em neuro-oncologia.
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