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isquemia

A hemiplegia é um distúrbio do corpo do paciente em que a metade contralateral do seu corpo está paralisada. Normalmente é resultado de um acidente vascular cerebral, embora também possa ser provocada por doenças que afetem a medula espinhal ou os hemisférios cerebrais.

A paralisia cerebral também pode afetar apenas um hemisfério, resultando em uma limitação das funções. Isso não causa necessariamente paralisia, mas sim espasmos. A paralisia cerebral em que esse seja o único sintoma também pode ser denominada hemiplegia.

HemiplegiaPara entender um pouco a hemiplegia, devemos saber que se trata de uma paralisia de metade do corpo. Geralmente, o lado comprometido é o oposto ao hemisfério que foi afetado pelo AVC. Isso acontece porque nossa via piramidal (nossa “autoestrada” de informações) se decussa, ou seja, cruza de lado. Por isso, as lesões hemisféricas se manifestam no lado contralateral do corpo. A exceção são os casos em que o cerebelo é danificado, pois, nesse caso, a afecção se manifesta do mesmo lado da lesão. Isso ocorre porque o cerebelo está localizado abaixo da decussação da via piramidal.

O que pode causar uma hemiplegia?

A hemiplegia não é incomum. Em indivíduos mais velhos, a causa mais comum da hemiplegia são os acidentes vasculares cerebrais, embora também possa ser causada por:

  • Traumatismos cranianos
  • Tumores cerebrais
  • Esclerose múltipla
  • Encefalite
  • Complicações da meningite
  • Transtorno de conversão

Na maioria dos casos, a causa exata é desconhecida, mas parece que o cérebro é privado de oxigênio, resultando na morte dos neurônios.

Quando a via corticoespinal está danificada, a lesão normalmente se manifesta no lado oposto do corpo. Por exemplo, se houver uma lesão no lado direito do cérebro, a hemiplegia aparecerá no lado esquerdo do corpo. Isso acontece porque as fibras motoras da via corticoespinal, que se originam no córtex motor do cérebro, cruzam para o lado oposto na parte inferior do bulbo raquidiano e depois descem até a medula espinhal para inervar os músculos correspondentes.

Dependendo do local da lesão no cérebro, varia a gravidade da hemiplegia. Uma lesão na cápsula interna, onde todas as fibras motoras se condensam em uma pequena área, causará uma hemiplegia densa, ou seja, uma perda completa de força em todos os músculos de um lado do corpo. Já uma lesão a nível cortical ou subcortical causará uma variedade de fraquezas em um dos lados do corpo.

Quais são os principais sintomas da hemiplegia?

A hemiplegia é um distúrbio no corpo do paciente, no qual metade do corpo fica paralisada. No entanto, a sintomatologia da hemiplegia depende, fundamentalmente, da parte do cérebro que foi afetada. Da mesma forma, sua gravidade também variará por esse mesmo fator.

Entre os sintomas mais comuns, podemos destacar:

  • Dificuldade para andar e manter o equilíbrio
  • Dificuldade com atividades motoras, como segurar ou agarrar objetos
  • Visão turva ou enfraquecida
  • Dificuldade para engolir
  • Dificuldades para soletrar
  • Perda de sensações em um lado do corpo
  • Formigamento ou dormência em um lado do corpo
  • Perda de controle do intestino e da bexiga
  • Depressão ou maior sensibilidade emocional
  • Perda de memória
  • Problemas de comportamento, como ansiedade, raiva, irritabilidade, falta de concentração ou de compreensão

Qual é a evolução da hemiplegia?

Fase flácida inicial

Pode durar de alguns dias até várias semanas ou até mais. O paciente não consegue mover o lado afetado, perdeu seus padrões de movimento e, no início, até mesmo os do lado saudável são inadequados para compensar a perda de atividade do lado afetado.

No caso do membro superior, pode-se observar retração escapular com certa resistência ao movimento passivo. Os dedos e o punho podem estar levemente flexionados, e também podemos encontrar alguma resistência ao realizar uma extensão passiva dos mesmos. Pode haver também certa resistência à supinação completa do antebraço e do punho.

No membro inferior, os primeiros sinais de espasticidade são percebidos ao se realizar a dorsiflexão do tornozelo e dos dedos do pé com o quadril e o joelho em extensão, e em alguns casos apresenta-se uma leve resistência à pronação do pé.

HemiplegiaA posição do paciente acamado é frequentemente a seguinte: o pescoço costuma apresentar uma leve flexão lateral para o lado afetado, o ombro e o braço estão retraídos, e o cotovelo permanece estendido nesta fase. O antebraço está em pronação. A perna geralmente está estendida e em rotação externa. Alguns pacientes, geralmente os muito idosos ou gravemente afetados, permanecem com uma perna flexionada e abduzida e o pé supinado. Em todos os casos, todo o lado afetado está levemente rotacionado para trás.

No caso do sujeito hemiplégico que deambula, ele não consegue girar para o lado saudável e não consegue sentar-se sem apoio. Costuma cair para o lado afetado e não tem orientação em relação à linha média.

Fase de espasticidade

Durante a fase anterior ocorre o desenvolvimento gradual da espasticidade.

A espasticidade tende a se desenvolver lentamente, com predileção pelos músculos flexores dos membros superiores e os extensores dos membros inferiores, havendo uma resistência crescente a certos movimentos passivos.
A postura mais comum, nesta fase, é a seguinte: o braço e a mão encontram-se em flexão, rotação interna e pronação; a perna em extensão com o pé em flexão plantar e supinação.

Fase de recuperação relativa

As pessoas que alcançam esta terceira fase são aquelas que não estavam gravemente afetadas no início e que conseguiram uma boa recuperação ou que seguiram bem o tratamento.

Se precisar de informações sobre o NeuroAiD II, pode preencher este formulário de contato.

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